sábado, 22 de março de 2008

Ar Superior

Dia desses morri de rir com um bate boca entre dois amigos, cada qual defendendo seu gosto cinematográfico, gastando saliva e travando a língua com nomes confusos só pra mostrar que eram "Cults", entendidos do assunto. Quá Quá, nem Godard seria tão pretencioso. O que me importa é agrardar minha mente, meus olhos, não quero saber se o filme veio de Bengala ou dos EUA, se for bom, qual o problema de onde veio? Daí ficou uma discussão, um dizendo que filme americano é um lixo, o outro afirmando que o verdadeiro cinema nacional está nos curtas, enfim, um bate boca sem hora pra acabar e sem final. Com tanta enrolação, o principal não era mais saber qual o melhor ou pior filme mas, qual deles tinha o melhor gosto. Ar superior. Há muito tempo convivo com esse termo, cunhado por um amigo que disse que o fato de eu absorver compulsivamente tanta informação se dá mais à uma massagem no ego do que a um real interesse em me informar.
O fato é que tanto debate inútil só me faz rir, pois o que realmente determina o que é ou não bom gosto é a própria pessoa. Talvez você goste de funk e saiba muito mais coisas sobre filme do que qualquer um desses meus amigos. Muitos defensores do cinema europeu massacram radicalmente o Cinema Americano e esquecem que talvez não existisse a nouvelle vague e suas variações se não fossem os filmes Americanos.
No fundo, acho que meu ar superior não permite que eu tenha um ar superior.

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